Ir ao futuro?… não custa nada tentar (outra vez).

HoMyfate5

{isto não é um post} Desde muito jovem, quando definia objectivos e projectava realidades futuras, sabia que aquelas poderiam não se realizar — pelo menos a curto prazo. Todavia isso nunca me impediu de, insistentemente, perseguir a hipótese de consumar a sua realização.

A pertinácia, às vezes dolorosa, acabou por dar resultados em várias alturas (poderia usar o termo momentos, ou ocasiões, mas uso aqui “alturas” porque o termo “momento” remete-os para uma cronologia de percepção exclusivamente linear, enquanto que “altura” remete-nos para uma percepção meta-linear).

Talvez isto explique o facto de não ser a primeira vez que tenho a sensação, verdadeira, mesmo que inexplicável, de “déjà vu” em várias ocasiões no percurso da vida—e não exclusivamente quando sou bem sucedido na realização, enfim, de um projecto concebido a priori. A pergunta que fica por responder é se isto acontece pelo facto de antes ter desejado ou projectado com tanta vontade esse futuro, ou se, de facto, arranjei qualquer forma de o ver (i.e., o futuro), mesmo que não tenha a consciência e memória “visível” dessas (in)prováveis viagens no tempo.

Horácio {Tomé Marques}
Original de 2004